Quando o assunto são as dietas para emagrecimento rápido, todo mundo sempre conhece (ou já fez) uma receita infalível para perder peso em pouco tempo e de forma “garantida”. Algumas são, tantas vezes repetidas que acabam virando regra e ninguém mais questiona se são verdadeiras ou não.
No entanto, a maioria dessas dietas para emagrecimento são baseadas em mitos que não ajudam em nada a vida de quem quer perder peso de forma saudável e definitiva. Para obter sucesso em qualquer tratamento de emagrecimento, a primeira coisa é cercar-se de informações corretas e orientações de profissionais especializados, para então, conquistar o resultado tão sonhado.
Vamos desvendar alguns mitos sobre essas dietas milagrosas e saiba como perder peso com saúde! Saiba quais são os 6 maiores mitos sobre as dietas para emagrecimento rápido que se ouvem por aí e que, na maioria das vezes, só prejudicam a sua saúde!
1 – Cortar totalmente o consumo de carboidratos
A princípio, essa orientação parece fazer sentido, afinal dentre os maiores vilões das dietas de baixas calorias estão os carboidratos simples – como o açúcar refinado e a farinha branca – que, de fato, não trazem nenhum benefício para a saúde. Entretanto, cortar os carboidratos por completo pode acabar com a dieta e com a saúde de quem a pratica. A energia que o corpo usa para viver, e que garante o bom funcionamento do cérebro e dos músculos, vem dos carboidratos. Se esse impotente macronutriente faltar, o corpo recorrerá à degradação dos músculos para obter a energia necessária para equilibrar seu funcionamento. Nesse caso, a pessoa até perde peso, mas não perde gordura, e, sim músculos. Além disso, quando alguém elimina completamente o carboidrato, tende a aumentar as quantidades de proteína animal, gordura saturada e colesterol na alimentação. Com isso, pode ficar deficiente em vitaminas e minerais. Esse hábito, no longo prazo, pode causar problemas como insuficiência renal e doenças cardíacas. Em uma dieta balanceada, o consumo de carboidratos deve corresponder de 55% a 60% das calorias ingeridas diariamente. Portanto, cortar completamente o carboidrato para emagrecer é um mito e sua prática deve ser evitada!
2 – Quanto menos gordura, melhor
Aqui todos tem certeza de que é a melhor opção rumo ao emagrecimento, mas, não. As gorduras também são macronutrientes importantes para a saúde, tendo papel fundamental no transporte de vitaminas e redução de colesterol. Sim, os ácidos graxos essenciais – as “gorduras boas” – são responsáveis por diminuir a quantidade de colesterol ruim no organismo. Eles são encontrados em óleos de milho e soja, em vegetais de folhas verdes, no óleo de linhaça e nos óleos de peixes marinhos. O recomendado é que uma dieta para emagrecimento tenha, no mínimo, 35% de “gordura boa” em sua composição. O que temos que ter consciência é o tipo de gordura que estamos consumindo. Substituir gorduras modificadas ou de origem animal por óleos e gorduras vegetais é sempre a escolha certa!
E aqui vai outra dica: não se deixe levar por produtos com baixo teor de gordura oferecidos no mercado. Como o alimento perde sabor quando a gordura é retirada, a indústria compensa aumentando o açúcar, sal e amido. Além disso, há uma tendência a consumir porções maiores de alimentos poucos gordurosos e com mais frequência, pois esses produtos não saciam e acabam sendo ingeridos em excesso.
3 – Beber muita água ajuda a emagrecer
Embora não tenha nenhuma relação com emagrecimento, hidratar o corpo é muito importante para a nossa saúde. O corpo humano é formado por 70% de água, ou seja, esse elemento é fundamental para o funcionamento de nosso organismo. Em uma dieta de emagrecimento, o consumo de água em seu estado natural ajuda a evitar outras bebidas que possam somar calorias, como os açúcares dos refrigerantes ou mesmo sucos de frutas. O fato de estar melhor hidratado, nosso intestino funcionar melhor, nossa pele fica mais bonita e nos sentimos com mais disposição. Mas, que fique claro, somente beber água não leva à perda de peso. Os quilos a mais precisam de outras atitudes para serem eliminados.
4 – Comer à noite engorda
Esse mito parece estar enraizado na cultura popular. Muitas pessoas pulam o jantar ou só se alimentam de folhas, sucos ou sopas após as 18 horas com medo de engordar. Justificam o hábito dizendo que “temos menos gasto calórico enquanto estamos dormindo, portanto, devemos consumir menos”.
O excesso de peso é proveniente do balanço diário entre calorias ingeridas e calorias gastas. Não importa em que hora ela foi consumida: se são consumidas em excesso, seja de manhã, à tarde ou à noite, a pessoa ganhará peso. Se as calorias forem ingeridas abaixo da necessidade diária, mesmo que à noite, a pessoa tenderá a emagrecer. Além disso, ficar sem comer por muito tempo reduz o metabolismo basal – gasto energético em repouso -, ou seja, o corpo gasta menos energia quando se está em jejum, o que acaba por afetar o balanço diário e o resultado de todo o esforço pode ser em vão.
5 – Dormir bem emagrece
Embora o ato de dormir não tenha relação direta com o emagrecimento, aqui vai uma dica valiosa de verdade: Uma boa noite de sono equilibra uma série de processos químicos em nosso corpo, entre eles a liberação de serotonina, um neurotransmissor ligado ao prazer. Esse neurotransmissor também é liberado quando o corpo consome açúcar, então, se a noite for mal dormida, o corpo tende a compensar a falta de serotonina consumindo açúcar no dia seguinte. Além disso, não dormir bem interfere no humor e na produção de hormônios, podendo afetar a produção de grelina, hormônio que aumenta o apetite. Vale lembrar que pessoas que dormem pouco acabam ligando o celular ou a TV, e podem despertar a fome levando ao consumo de alimentos extras enquanto estão acordadas.
6 – Quem perde peso rápido, ganha peso rápido
Esse é um mito muito difundido. Estudos mostram que a chance de recuperar o peso em longo prazo é semelhante tanto para quem perde peso rápido, como para quem perde peso lentamente. Mas, é um fato que poucas pessoas conseguem manter o peso perdido em longo prazo. Quem emagrece fazendo dieta ou faz a cirurgia de redução de estômago, acredita que o problema do sobrepeso já foi resolvido, e, por isso, relaxa nos cuidados.
Entretanto, a perda de massa corporal funciona como um alerta para o corpo, que a encara como uma situação de risco, e, para se defender, luta para recuperar o peso perdido. Muitas vezes, a pessoa volta a ganhar peso com a mesma velocidade que perdeu e isso gera o que conhecemos como “efeito sanfona“.
Então, é preciso lembrar que o peso é resultado da alimentação diária, portanto, deve ser ponto de atenção para toda a vida. A mudança de hábitos e vigilância constante aumentam as chances de sucesso na manutenção do peso perdido na dieta para emagrecimento.
Todas essas dicas são importantes para o sucesso de seus resultados, porém, sempre busque orientação de profissionais de saúde da sua confiança para melhor acompanhamento.
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